segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Porque a linguagem também se sente...

BRAILLE

Louis Braille foi o criador do sistema de leitura para cegos que recebeu o seu nome, braille.

Aos três anos, supondo-se que a brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, o que lhe provocou uma infecção que se alastrou ao olho direito, provocando a cegueira total.

"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."

Em 1821, quando Louis Braille tinha apenas 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto em que Braille estudava (Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris - Instituto Real de Jovens Cegos de Paris), onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna: tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo e que tinha aplicações práticas no campo de batalha.

Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura.

Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome, apesar de no instituto, o novo código só ter sido adoptado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada por tuberculose, a 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.

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O braille por extenso, ou grau um, só utiliza os sinais que representam o alfabeto e a pontuação, os números e alguns poucos sinais especiais de composição que são específicos do sistema.

O braille grau dois é uma forma mais abreviada do braille. Em contrapartida, é mais difícil aprender o braille abreviado grau dois. É necessário memorizar todos os 63 sinais diferentes (a maioria dos quais tem mais de um significado, dependendo de como são usados), mas também é preciso aprender o conjunto de regras necessárias que governam quando cada sinal pode ou não ser usado.

O grau três é uma forma de braille altamente abreviada, especialmente usada em inglês, embora não seja muito utilizado.

O braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação, existindo três graus que o diferem. Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à notação musical. O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que veêm. Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos. Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em braille, foram produzidos, de modo que dedos ágeis possam sentir as horas.

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Quando não se tem nada para fazer, visita-se

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal,

e fica-se a saber umas coisinhas...


Lili 10ºG

2 comentários:

Li disse...

Ahh... esqueci-me da parte da praxe...postei isto porque...bem...porque não tinha nenhum marco histórico para realizar no momento, então decidi dedicar-me ao blog =P...

Além disso... quantas vezes, em média, cada habitante deste planeta se lembra deste sistema, por ano? =P

Fátima Inácio Gomes disse...

E fizeste muito bem!... por acaso, nem conhecia essa noção dos graus que referes!

Hoje em dia a informática, igualmente, presta grande serviço ao cegos, com computadores "falantes",ou seja, programas específicos que passam para a oralidade a informação presente no ecrã! Fabuloso! :D
Enfim, tudo o que for criado para facilitar a vida de qualquer pessoa portadora de uma qualquer deficiência, melhor!