quarta-feira, 27 de junho de 2007

Amor é fogo...





Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;



É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;




É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.



Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?





Luís de Camões






(Eu) Escolhi este poema porque, para além de me tocar muito, de me dizer muito, é um poema único para mim. Este poema é uma das maiores maravilhas de Portugal, é uma obra que deve ser muito bem preservada, porque não há muitas tão boas como esta, pelo menos neste campo, a poesia. Também tenho uma grande admiração por este poeta, para mim, é o melhor poeta do nosso país.
Este poema fala-nos de uma coisa que é muito difícil de explicar e, com este poema, podemos ficar a perceber um bocadinho melhor o amor. Este poema tem uma linguagem muito própria, uma linguagem única, que deve ser apreciada e preservada por muitos e muitos anos.







Tiago Luso, 10ºC

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Está bem à vista que gostas do poema (e lembro-me, nas aulas, o quanto falavas dele!). Espero que aquilo que aprendeste, entretanto, sobre Camões tenha ajudado a aumentar essa admiração!

Nota: atenção às repetições!