quinta-feira, 21 de junho de 2007

Fundo do Mar




No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.


Sophia de Mello Andresen



(Eu) escolhi este poema porque este nos fala (-nos) do fundo do mar. E isto cria-me fascínio. A poetisa, neste, poema faz um retrato muito simbólico deste elemento que é o fundo do mar. Caracterizando-o como belo, tranquilo, harmonioso e sossegado.Contudo, Sophia não só caracteriza o fundo do mar com aspectos positivos. Na 4º estrofe vai (se) contrapor falando das ameaças que existem nele, "Tem um monstro em si suspenso".

Sophia cria dando-lhe um forma "desorganizada" tornando assim mais emocionante.




Luís Manuel, 10º C

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Esse poema é fantástico, Luís! tem uma musicalidade!... a tuia análise, embora pequena, aponta aspecto interessantes. Verdade, verdade, é que gostei muito da tua escolha