segunda-feira, 25 de junho de 2007

Que poderei do mundo já querer...


Que poderei do mundo já querer,

que naquilo em que pus tamanho amor,

não vi senão desgosto e desamor

e morte, enfim, que mais não pode ser!


Pois vida me não farta de viver,

pois já sei que não mata grande dor,

se cousa há que mágoa dê maior,

eu a verei, que tudo posso ver.


A morte, a meu pesar, me assegurou

de quanto mal me vinha; já perdi

o que perder o medo me ensinou.


Na vida desamor somente vi,

na morte a grande dor que me ficou:

parece que para isto só nasci!


Luis de Camões



Escolhi este soneto de Luis Vaz de Camões porque acho qué é o que mais se identifica comigo,talvez por estar a viver momentos de desgosto e desamor, tal como o poeta viveu.

Não sei se é por estar nesta fase da minha vida (adolescência) ou se é mesmo o meu destino.... Gosto muito deste poema, porque é o que mais se caractiza comigo.



Ana Rita Costa, 10ºB


1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

É um belo soneto, de facto.
Boa contribuição... com certeza a tua estrela volta a brilhar, ainda estás a começar a "viagem"! ;)