quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Certo ou errado? Eis a questão


Há cerca de três, quatro anos que, por volta das 7 da tarde, na RTP, podemos ficar na companhia do "Preço Certo em Euros", arrastando consigo o riquinho Fernando Mendes.

Já matutei muito sobre este assunto, mas ainda não sei bem a razão pela qual ainda o rodam. Então vejamos: este circo começa logo pelo "baixinho" que parece gostar de ser o bobo da corte, exibindo os seus magníficos dotes, ou seja, vai batendo com diferentes partes do corpo numa espécie de buzina enquanto faz caretas disparatadas, entre outras aberrações. Porém, tenho de admitir que este é um programa de entretenimento e que o Fernando tem alguns flashes e até mesmo que é um bom profissional na arte da ficção, como em "Nós os ricos", mas não num programa deste género. Na realidade, não sei que tipo de influências este conhecido apresentador, e não sei se humorista, teve, mas não devem ter sido as melhores. E o espectáculo prolonga-se ao público e concorrentes. Alguns destes devem pensar que o Mendes de riquinho passou a pobrezinho, pois desde o pão ao queijo e do vinho ao chouriço de tudo já lhe deram. Claro, que os concorrentes podem tê-lo como um ídolo (mas porquê?) e querer demonstrá-lo, mas não vêem que, em vez de encherem os bolsos os estão a despejar? Por parte do público vemos o mesmo tipo de comportamento, pois numa destas enervantes sessões, duas espectadoras desceram do grupo maluco e desataram a beijar o apresentador. Sempre disseram, o exemplo vem de cima!

Com este desagrado todo, como é que tenho paciência para ver e saber estes pormenores? É que, infelizmente, por vezes sou levada a ver e a ouvir algumas destas oferendas, ainda por cima diárias, pois um familiar (não eu) assiste a este programa, que é um desperdício de tempo.

Será que o possível sucesso do "Preço Certo", para os amigos e "Preço Certo em Euros " para mim, nos outros países tem de ser a nossa desgraça?
Marisa Martins, 11ºA

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Gostei do título, gostei da abordagem e está impecavelmente escrito. Peca apenas por se centrar excessivamente no "eu".
Muito bem! :D