quarta-feira, 4 de junho de 2008

Vamos pró Tibete?




Estou perdido! Este país está perdido! Corrijam-me se estiver errado, mas o dia-a-dia não é um inferno? É que nem dá gosto sair da cama.
O inferno começa logo de manhã, saímos de casa para levar os nossos filhos à escolinha, deparamo-nos logo com uma fila enorme de carros, e isto porquê? Porque os paizinhos dos meninos param no meio da estrada para o filhinho sair do carro e entrar na escolinha, enquanto o paizinho está no meio da estrada a interromper o trânsito, ndiferente à buzina do nosso carro, que está quase com o depósito vazio e não temos dinheiro para o encher.
Chegamos ao trabalho e encontramos duas torres de papéis em cima da secretária para ler, corrigir, reler e entregar ao chefe que foi jogar golfe, mas já volta.
E assim chegamos a meio do dia, já estoirados. Vamos almoçar a um café qualquer e só queremos comer descansados, mas quem havia de estar ao nosso lado? Pois é, as amigas reformadas que põem a cusquice em dia, enquanto nós nos tentamos abstrair e olhar para a televisão para presenciar mais um aumento dos combustíveis.
De tarde, lá vamos nós para o trabalho, depois de estarmos mais meia hora na fila, lá vamos ouvir do nosso “queridinho” chefe porque já é o 3º atraso este mês. Finalmente, depois de muitos e-mails recebidos e muitos papéis preenchidos, lá vamos nós para casa. Mas atenção, antes ainda temos que ir buscar os nossos filhos à escola, e consequentemente estar mais uma hora na fila.
Chegamos a casa e descansamos um bocado no sofá, a ver as inúmeras cartas de contas para pagar, e a pensar porque razão acordamos de manhã neste país. Vamos pró Tibete? Pior não deve ser…



André Coutinho de Matos,11º A

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

A conclusão está um tanto exagerada, hem?!?!?

Mas o texto lê-se, agradavelmente. ;)