segunda-feira, 1 de junho de 2009

A confusão que é a nossa mente! ou talvez não!


“Hieronymus Bosch mostra a loucura e a credulidade humanas. O que se representa em
A Extracção da Pedra da Loucura
é uma espécie de operação cirúrgica que se realizava durante a Idade Média, e que segundo os testemunhos escritos sobre ela, consistia na extirpação de uma pedra que causava a loucura do homem. Acreditava-se que os loucos eram aqueles que tinham uma pedra na cabeça.”
in http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Extrac%C3%A7%
C3%A3o_da_Pedra_da_Loucura









Vamos lá ver se nos entendemos…
(Pois quando eu digo que me é muitíssimo difícil escrever, pensam que estou a brincar ou que é preguiça ou vergonha ou falta de vontade e esforço, mas a verdade é que não sou lá muito… bem, a verdade é que não tenho o dom das palavras, nem dos sons, nem dos gestos, faltam-me maneiras e coisas de poeta ou de, simplesmente, qualquer coisa (sim! Coisa! COISA! Pois se Pessoa o dizia, quem sou eu para não o dizer! Eu não sou nada, não quero nada, e não vou contra o mestre!) expressiva. E não me importo nada, pois,

Todos temos direito a não querer!!! A não querer escrever nada, falar, pensar, querer….

Mas insistem e insistem…. Porque temos de querer e de fazer e de pensar e de falar e de escrever e saber exprimir-nos e contar aos outros o que sentimos e desejamos e ambicionamos… mas, e se eu não quiser contar?!
querem-nos poetas e faladores natos, porque se uns podem e gostam, todos o devemos fazer e saber e gostar e falar e calar!

Eu só queria calar e mudar e não fazer e não querer e não ambicionar e não desejar e morrer assim, feliz e satisfeita por saber que todos os meus esforços não deram em nada e que todos os meus anseios não serviram para nada e que tudo quanto dei de mim, me voltou em nada… nada completo e sem obrigados e gestos amigos,

porque a confusão é boa! Ai, viva o texto que não tem sentido nem parágrafos nem regras… vivam as palavras com erros e os acentos trocados,

viva tudo o que é diferente e o que é igual também, porque o que importa é viver, ou talvez não, para depois morrer, não sei, mas é como quiseres, não há regras, (ou não devia haver, pelo menos não neste sentido) nem nexo ou qualquer réstia de um qualquer sentido pré-definido. Porque é livre, ou talvez não, mas não importa, nada importa, tudo passa, ou fica, que interessa? não finjas que te interessa, que te importas ou preocupas, pois já passámos essa fase, essas barreiras, das boas maneiras e intenções fingidas e não sentidas, pois a preocupação fica bem, pois temos que ser bons e tributáveis, nada de ser altruístas! pois se queres ajudar, os outros, é porque te queres sentir bem e estás a ajudar-te a ti em primeira instância...

mas e o tempo? Se chove ou faz sol, e é porque está frio… ou muito calor… e agora não posso e não quero, mas vou!, pois desde o primeiro momento em que nem ervilha sou, já me criam expectativas e ânsias e desejos e deveres e regras e vontades e obrigações e sonhos e trabalhos, por muito que queiras fugir, não podes, há quem goste de ti e sofra por ti e faça tudo por ti, mesmo quando tu não gostas, ou não sofres ou não fazes! Pois há pessoas que estão lá incondicionalmente e querem o melhor para ti, impreterivelmente, antes do seu próprio melhor.

E isto é mau?

Bem, acho que chegou a altura de fechar o grande parêntesis!)


(Professora Fátima, peço muita desculpa, pois sei que merecia muito mais do que isto e talvez eu tenha muito mais para lhe dar, mas não posso, agora não posso, eu queria, Ai! como eu queria, mas falta-me o jeito, o tom, o dom! Peço desculpa, pois nada do que me vem à cabeça é peixe e não consigo melhor, desde o momento que nos disse para escolher uma imagem e falar, desde o momento que nos disse para escolher um poema de Pessoa e comentar, que eu penso e tento e escrevo e volto a escrever e a tentar e a apagar e nada “me sai”, nada que valha a pena ler e saber e querer! Peço muita desculpa pela confusão de ideias, mas era um pouco essa a intenção, mostrar o quão baralhados podem ser os pensamentos e a mente humana, o quão difícil é dizer o que se sente ou pensa (mesmo que não se esteja a pensar ou sentir isso), uma tentativa um tanto ou quanto falhada, mas “prontos”! nem se pode considerar que estou a falar de confusão, mas antes a dar um exemplo claro de uma grande confusão, de um turbilhão de sentimentos, não necessariamente os meus ou os de uma pessoa em concreto, mas de toda a gente, misturados e enviesados.
Isto não é um desabafo, nem um mero juízo de qualquer tipo de valor, não é provocação, nem sequer estou a tentar faltar ao respeito a ninguém, não me interprete mal!… é somente uma tentativa, talvez frustrada, de falar do quão diferentes somos e ou iguais, até! É uma tentativa de mostrar que por entre tão belos textos, pode haver um como este, um texto que é uma porcaria e não tem “ponta por onde se lhe pegue!”, uma confusão desnecessária e sem qualquer sentido normal ou anormal ou moral!)
Isto seria uma confusão pegada, tanto de ideias como de escrita como de sentidos como de linguagem… tentei!)




Daniela Santos 12ºC

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Ah Daniela, o imenso prazer que me deu ler o teu texto. Nunca li com tanto prazer dois parênteses. :D
E, minha querida, isso é talento. Foste original na forma e aprisionaste-me na leitura das ideias... de dois parênteses, mas que mais não são que uma funda viagem pela construção do pensamento.
E olha que tu tens o pensamento bem estruturado! É do caos que nasce a ordem, mas nada no teu discurso é caótico... É sagaz, é coerente e é profundo. E é livre!

Foi um prazer imenso ler-te. E não, nessa cabecinha não há pedra alguma. ;-)