segunda-feira, 1 de junho de 2009

Infinito




Acho que toda a gente estava à espera que eu viesse escrever sobre alguma coisa minimamente engraçada, mas lamento desapontar-vos, porque sou demasiado previsível. Por esta altura, alguns podem estar a perguntar-se: o que poderá ser engraçado, relacionar-se com uma supernova e com o infinito? Basicamente, podem pegar em qualquer coisa e torná-la engraçada, mas admito que desta vez pisei a linha, o que é explicável porque, como bom português que sou, estou a escrever isto 9:45 da noite e estou cheio de sono, por isso se virem alguma que não faça sentido neste texto, incluindo o texto, não façam caso. Mas, para responder à primeira pergunta, essas três coisas normalmente não se relacionam (sublinho "normalmente"), mas se eu disser que a imagem acima não só é uma supernova, mas também pode passar por um pormenor da pele da Lili Caneças? Porque, se repararem, ninguém sabe exactamente que idade é que ela tem (daí o infinito) e a verdade é que ela poderá ter supernovas na pele dela (isto está previsto na teoria da relatividade geral de Einstein). A única pessoa com mais plásticas do que ela só a Lady Betty Frankenstein, desculpem, Grafstein (se bem que se podia fazer passar pela primeira) que, ao que parece, se esticar a pele um bocadinho mais ficará com bigode e barba. Tudo isto para dizer que, neste momento, o ser humano está dividido em duas raças: Homo Sapiens Sapiens e Homo Plastificado Plastificado, sendo que se pode passar da primeira para segunda muito rapidamente.

O que eu não percebo é o porquê desta obsessão por ser novo, de perseguir o rejuvenescimento até que a morte os separe. Eu tenho a impressão que daqui a pouco vamos ver drogaditos a tentar angariar dinheiro para a próxima dose de botox, ou então a sair dessas clínicas de plásticas, plastificados e atadas com cordel. Não tarda nada estamos a mudar o ditado para: do pó viemos, para o plástico vamos.




Tiago Cordeiro, 12ºC

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

... e mais além!!!! (nunca resisto... desculpa lá...)

Ora, mais um texto bem-humorado e com a marca de estilo do Sr. Cordeiro! Gostei da fina ironia (dispensava-se a imagem brejeira lá pelo meio....) e da recriação dos ditos populares. Marca de estilo pessoal, que cultivas, sim senhor!