quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Poemário







O Pedro Pinto trouxe quatro pequenos poemas de Adília Lopes, apenas um aponta para a noite, mas por ter lido os quatro, e por serem pequenos, e tão preciosos, aqui ficam eles:



Degrau a degrau
verso a verso
o poema
a escada


***

No metro
cruzam-se as pessoas
como cartas de jogar
postas sobre a mesa


***

Dia
sem poesia
não é dia
é noite escura

Mas a poesia
é noite escura


***

Mesmo
uma linha
recta
é o labirinto
porque
entre
cada dois pontos
está o infinito




[in Caderno, & Etc, 2007]


Aqui fica uma interessante entrevista à poetisa: http://gavetadenuvens.blogspot.com/2005/09/entrevista-adlia-lopes.html



A próxima palavra será um fruto, qualquer FRUTO.

Sem comentários: