domingo, 4 de março de 2012

REcriar


A vida é uma incógnita, hoje estás aqui, amanhã podes ficar doente, ou cair-te um piano em cima quando fores a andar na rua. Ainda há pessoas que atiram pianos pela janela, sabias?
Margarida Rebelo Pinto


Todos aqueles que têm consciência e que, por sua vez, a usam da forma mais saudável não fazem planos. Ou se fazem, não a longo prazo, algo mais breve do que o próximo mês, algo de um ou dois dias.
Fazer planos é como se fossemos donos do mundo e que [pressupondo que] tudo corre de acordo com a nossa vontade. Mas, na realidade, nada é assim. Nada é como o suposto, até um possível encontro de amigos. E se esse amigo mudou quanto ao seu aspecto físico e nós não temos o conhecimento disso? Todas as nossas “quase certezas” quanto à imagem do outro são derrubadas só por uma mudança não significativa. Ou ter a noção de sabermos tudo de algo ou alguém é uma sensação horrível. É possuir o conhecimento absoluto em relação ao objecto.
O querer conhecer é algo que nos faz desejar estar vivos.
É o que nos faz querer acordar de manhã e sair de casa. É querer fazer aquilo que se gosta, é ir fazer meias ou ir apresentar um programa para qualquer estação televisiva, é acreditar que se vive por alguma razão, é confiar naqueles que nos são mais próximos. É isso que nos faz querer viver, faz querer ser vivo. Viver é amar, é gostar, confiar, acreditar, querer. É ter como objectivo o futuro e a felicidade.
Viver é muito mais que existir. Viver é dizer que sim e não. Viver é sentir. Viver é o período de tempo desde o nascimento até à morte. Há uma sorte imensa só por se viver, é como uma dádiva e há que o saber fazer da melhor forma. Porque não sei se há, mas é como se algo houvesse, talvez uma força, que nos faz acreditar que a vida é hoje uma coisa e amanhã pode ser totalmente o oposto.
A vida é o imprevisto e, por vezes, algo que ocorre, que nos faz reflectir, como se pusesse à prova se realmente vivemos porque, afinal, viver é muito mais do que existir.
Viver é usar a razão e a noção que nada é garantido, nem a nossa própria vida. Mas, viver também é sentir.




DIANA MEIRA, 11ºA

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Uma apologia da vida, sem dúvida. Com uma catadupa de ideias, que se fecham sobre si.

Mas é bom saber que és um espírito assim, positivo.