segunda-feira, 30 de abril de 2012

"A mim, o que me rodeia é o que me preocupa" - Falta de objetivo




"Os chupa-chupas transformaram-se em cigarros, (…), os TPC's vão para o lixo, os telemóveis usam-se na sala de aula, a suspensão torna-se detenção... Sumo em Vodka, bicicletas em carros. O amor transformou-se em “curtes”, (…), meninos em tarados, beijos em sexo. Lembram-se quando ser grande significava brincar no recreio? Quando a proteção significava usar capacete? Quando o ombro do teu pai era o lugar mais alto do mundo e a tua mãe era a tua heroína? Os teus piores inimigos eram os teus irmãos. As questões raciais eram sobre quem correu mais rápido, a guerra era apenas um jogo de cartas, e a única droga que conhecias era xarope para a tosse. A maior dor que sentiste foi quando esfolaste os joelhos e ADEUS apenas significava ATÉ AMANHÃ. E não podíamos esperar para crescer. HOJE se soubesse que iria ser assim, não crescia!" 
(texto de autor desconhecido, com supressões) 

E… o sonho de uma criança passa por querer crescer... Torna-se adulta, mas depara-se então com imensos problemas… Problemas esses que a fazem sentir-se arrependida de ter sonhado o errado. Não atinge os céus que idealizara. Depara-se com a trovoada que lhe enchia os pesadelos!
E Eu também fui criança … cresci e deparo-me, neste preciso momento, com uma grande trovoada de problemas. Vou apresentar-vos apenas um raio dessa noite de trovoada, um raio que afeta bastante a nossa sociedade! Um raio que mostra uma boa razão para a degradação da sociedade mostrada pelo texto. Um problema que é pouco difícil [?pouco? ou um pouco?] de vos transmitir… Para mim é qualquer coisa como a falta de objetivos para o futuro.
Para mim, as pessoas não têm um objetivo definido na sua mente… não desejam ser X ou Y no seu futuro, não têm projetos para a sua vida! Tomam uma postura bastante passiva em relação a si próprias. Deixam as coisas andar e ver o que acontece.

Parecendo que não, isto leva-nos a um problema bastante marcante. Imaginem… Concluí o ensino superior e sou agora formado em medicina. Sou médico, apenas, porque ser médico dá muito dinheiro, a minha avó que está prestes a bater a bota, sempre o quis e, na altura em que entrei para a universidade, até tinha média e por isso lá fui! No entanto, sou bastante tímido, incapaz de falar para um desconhecido para lhe perguntar as horas…
Conseguem decerto identificar várias situações em que isto acontece, se não desta maneira, de alguma bastante parecida. Pensem que este médico, ao exercer a sua função em determinado hospital, quando estiver perante o seu paciente não conseguirá elaborar [desempenhar] o seu papel. Não conseguirá ter um diálogo com o paciente de modo a que este se sinta confortável, de maneira a que o paciente mostre a doença [sintomas?] que tem.
Concluímos, então, que o facto de o rapaz não ter a vocação para a sua profissão apenas contribui para uma coisa no nosso país...Um Pior serviço de saúde pública! Da mesma maneira, que este rapaz decidiu ter uma atitude bastante passiva em relação a si mesmo, milhares de pessoas o fazem e isso está a tornar-nos num país pior… um país com menos qualidade de serviços.

Vemos um país em situação de declínio e, por outro lado, a entidade responsável por revolucionar [solucionar?] esta situação, o nosso querido governo, não tem qualquer tipo de resolução.
Então, depois de vos mostrar o que me preocupa, vou apenas apresentar uma solução simples e objetiva: Eu e metade dos estudantes conhecemos uma resolução que traria bastante felicidade a muitos. Um REFORMA NA EDUCAÇÃO! Uma completa mudança neste sistema de ensino… Um sistema que favoreça aqueles que sentem que o seu “destino” é ajudar, e que não favoreça aqueles que passaram a sua vida e "engenhar" [engendrar?] estratégias para ter boas notas! A Inglaterra, mostra um bom exemplo a seguirmos! O simples facto de cada um dos candidatos a cada curso superior ter de realizar uma entrevista com o responsável da instituição para que possa ver o seu interesse em determinado curso!
Seria esta um solução simples, objetiva, que nos garantiria uns país melhor, mais qualificado, com profissionais mais competentes e com maior orgulho naquilo que fazem!

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/msantos/dc05/Inglaterra.pdf - Vejam aqui o sistema educativo Inglês. Atentem no diapositivo 6 onde mostra que é importante o perfil individual de cada um!



 Diogo Mota, 11ºA

"A mim o que me rodeia é o que me preocupa." - Eu, ser humano.






     Pois bem existe muita coisa que me preocupa, mas com o passar do tempo apercebi-me que há algo que me tem tirado o sono… EU. O que me preocupa é eu mesma.
Ai a crise, ai a falsidade, ai o amor, ai a amizade, ai a escola… tantos “ais” que nos deixam desorientados, pois ocupam um papel importante na nossa vida.
Mas quem é o “agente” que interfere em todos eles?
Estamos aqui a falar de uma entidade de elevada complexidade, podendo até ser denominado de "senhor da complexidade": o ser humano.
Eu sou o meu maior problema. Pode parecer esquisito estar a falar de mim, parecendo que me estou a referir a outra pessoa, mas pensem comigo, quem é que me conhece melhor do que eu própria? Quem melhor que eu sabe algo sobre o que penso e quero?
Ninguém melhor do que eu para falar sobre mim.
Tenho medo. Tenho medo de não ser capaz de não conseguir atingir os objetivos que quero e o facto de estes dependerem apenas de mim ainda mais aflita me deixa. Em todos os “ais” que referi há bocado eu estou presente em todos eles, como se cada um fosse uma novela diferente e eu fizesse parte do elenco de todas elas, e em algumas delas sou mesmo a personagem principal, a única diferença é que uma novela não passa de mera ficção e tudo o que foi referido há pouco como a falsidade, o amor, a amizade, entre outras, é pura realidade e dela não podemos fugir. É assustadora a importância que cada um de nós tem na sociedade, embora, muitas vezes, pareça que não passamos apenas de seres andantes que, por vezes, demonstram certas expressões, a verdade é que eu, tu, o teu pai, a tua mãe, seja quem for é essencial e, em geral, só reparamos nisso pelas piores razões. 
Eu, na gramática do português, é designado como um pronome pessoal e na psicologia, centro da personalidade. É exatamente isto, eu sou o centro de mim, tenho tudo o que me faz bem e mal nesse centro, tudo que devo ou não fazer, tudo que devo ou não dizer, e como eu estou aqui para vos explicar o que realmente me preocupa é isso mesmo que eu vou fazer.
Preocupa-me a maneira como lido com os meus pais, preocupa-me o meu desinteresse por certos assuntos que tenho consciência que são relevantes, preocupa-me a forma como eu me relaciono com certas pessoas que sei que só me fazem bem e gostam de mim e que, por alguma razão, não lhes dou o valor que elas merecem, preocupa-me o facto de eu ter tanto medo de sofrer e, por isso, acabar por me defender demais, preocupa-me o futuro e, talvez por isso, ter medo de avançar, preocupa-me o facto de saber que pessoas de quem eu gosto não vão estar sempre aqui e que irei ficar “desprotegida”, preocupa-me não conseguir confiar inteiramente nas pessoas por saber o que o ser humano é capaz de fazer e, daí, preocupa-me também a minha (?) e a futilidade e frieza das outras pessoas em lidar uns com os outros… Porque é que somos assim? E porque é que eu sou assim? Isto preocupa-me. Isto e muito mais que eu poderia aqui citar, mas só o simples facto de ter a noção que existe muita mais coisa que eu poderia aqui falar já me preocupa.
Tenho plena consciência que existem outros assuntos que eu poderia mencionar, assuntos mais globais, mas quem sou eu para abordar outros temas, sabendo que antes de tudo isto o meu maior problema sou eu? Só estaria a tentar escapar, culpando os “outros”, tornando a minha vida mais fácil ao não me culpar a mim mesma pelo que me tem aborrecido e preocupado.
Apesar de tudo isto parecer um drama com tantas preocupações, eu sou feliz. Aliás eu sou tão feliz que até começo a preocupar-me... é claro que agora estou a engrandecer (?exagerar?), mas sim continuarei a fazer os possíveis para ser feliz, ultrapassando estas minhas grandes preocupações que, à vista de terceiros, podem parecer insignificantes, reformulando alguns “programas” que ficaram incompletos (?), mas sobretudo, continuarei a ser eu, e com isto espero que quem leia este texto comece a valorizar-se mais. Não só pelo que fez, mas pelo que tem feito e pelo que pode vir a fazer, porque em 7 biliões de pessoas existentes no mundo cada um de nós está lá e somos um, neste número gigante, daí termos obrigação de fazermos algo por ele deixando, pelo menos, uma marca nossa. Antes de se preocuparem com outras pessoas e outros assuntos preocupem-se convosco, porque acreditem que não nada mais importante do que sabermos quem realmente somos e o que queremos para nós!


Não sou egoísta. Apenas valorizo a única pessoa do mundo em quem eu posso confiar: eu mesmo.

  Blair Waldorf


Inês Rodrigues, 11º A