sábado, 25 de outubro de 2014

Manifesto Anti-Patas por Rafaela Oliveira





Chega! Pum! Exijo que parem!
Uma corrente de gente, se é que assim se lhes pode chamar, que acorrenta aqueles que outrora tinham os pulsos livres. Oxalá os tivessem agora!
Pum! Morram todos os que matam!

Sucumbam todos os clinicamente perversos, os fingidores de sentimentos genuínos, os violentos, os idiotas, os assassinos, os egocêntricos e todos aqueles que, na sua ausência de emoção, manipulam e torturam o inocente alheio. Chega!
Faleçam todos os violadores, os estupradores, os pedófilos, os sádicos, os psicopatas, os sociopatas e todos os patas que para aí houver. Cortem-se as patas a todos estes animais!
Desculpem-me os bichos pela ofensa destes bichos maiores.
Quase bichos!

E eles não veem o céu aos quadradinhos enferrujados, eles não são punidos pelo que fizeram à Maria ou pelo que não chegaram a fazer, porque ela já não respirava. É esta paralisia na vida pela adrenalina do momento.
São estes cretinos, estes idiotas, estes cabrões de dois cascos que queimam a inocência (ultra)passada.
Os anos passaram, o sangue foi limpo, mas as lembranças não se esquecem como o nome dela foi esquecido.
Se eles andam aí à solta, então prendam-me a mim!
Morram energúmenos! Pum!

Padeçam por tudo o que arruínam!
Tomem consciência das inconsciências que semearam por aí. Cortem-se todas pela raiz!
Seus canalhas! Sofram da mesma maneira que ela sofreu. Pior.
Lavem a roupa. Lavem as mãos. Lavem a boca.
Porcos!
Limpem esse filtro da razão e desinfetem esse tudo. Todo o vosso vale nada.
Abaixo de nada!

E é essa falta de remorsos e de culpa, essa inflexibilidade com castigos e punições, essa desconsideração pelo direito à vida dos outros, esse encanto e essa popularidade na sociedade que vos tornam diferentes. Tornam-vos especiais.
Tornam-vos nos maiores merdas que já conheci!
Repugnam-me no pensamento e repugnam-me na lembrança.
Forcem os sentimentos. Forcem o corpo dela. Forcem tudo o que essa falta de cérebro vos permitir forçar.
E morram!
Satisfaçam os vossos desejos sem pensar nos dela. Ah!
Ela que fui eu.
Mas morram. Pum!


Rafaela Oliveira, 12º D

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...



Violento, hem?!?!

A violência gera sempre violência. AInda bem que a tua, apenas verbal.
E justa, para o caso. ;-)