segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Manifesto Anti-Perguntas Óbvias por Carlos Carpinteiro




   


   Sim, elas andam aí, como se fizessem parte da vida quotidiana das pessoas, elas andam aí para chatear, para criar conversa, mas, acima de tudo, para me atormentar. E quem achou que elas eram só um mito ou que só eram utilizadas por seres extraterrestres está bem enganado, elas vivem camufladas na inocência das nossas conversas, prontas para atacar os ouvidos mais próximos!
   Durante várias gerações fomos bombardeados com situações destas: “O que estás a fazer?” e até o famoso “Já estás aqui?” (entre outras).
   CHEGA, BASTA! 

   Contudo nem todas as pessoas têm culpa em alimentar esta ofensiva, visto que estas perguntas vivem em nós como parasitas, alimentando-se do nosso bom senso. Seria um completo disparate chegar a casa e dizer: “Olá mãe, já cheguei, porque estou aqui, não é fantástico! Wow”, porém não é disparate nenhum, se eu chegar a casa e a minha mãe me disser: “Já chegaste?” ou então se eu estiver a limpar o chão e ela me disser: “O que estás a fazer?” esta pergunta merecia uma resposta do género: “Ah, que pergunta essa! Então não é óbvio? estou a fazer malabarismo num monociclo!”
   CHEGA,BASTA!
   Eu só digo isto para sensibilizar todas as pessoas que sofrem com este flagelo e eu tenho um sonho: que estas não tenham medo de se manifestar abertamente sobre ele, não é vergonha nenhuma…
   (Crianças não tentem isto em casa ou na escola! Por cada pergunta óbvia que você faz, você ajuda uma pessoa normal a manter a sua calma e paciência e não, não há mais informações numa farmácia perto de si!).
    

 Carlos Carpinteiro, 12º D



   

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